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08/02/19 17:37

Incertezas do programa MCMV abalam confiança do setor de construção

O deputado federal Zeca Dirceu afirmou que o governo precisa retomar políticas que impactem positivamente a vida das pessoas, como o financiamento para a casa própria

As indefinições sobre o programa Minha Casa, Minha Vida têm abatido a confiança das empresas que têm no programa habitacional seu principal mercado, segundo uma repottagem divulgada no site do jornal Valor. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que setor de construção é o que tem a confiança e as expectativas mais baixas.  

 

A reportagem traz a fala de Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), que afirma que o MCMV está com as contratações suspensas em todas as faixas e a indefinição sobre seu futuro diante das restrições fiscais do governo federal, que concede subsídios até a faixa 2, e sobre o destino mesmo do programa - que no geral depende do FGTS - mantém as empresas com o pé atrás. Houve uma reformulação da área que cuida desse setor no governo. O Ministério das Cidades acabou, as contratações estão suspensas. Isso "contamina" as expectativas, afirma ela.

"O contexto é menos favorável. Não há um comprometimento [do governo] e criou-se uma incerteza. Então, as empresas estão em suspenso", diz Ana, observando que já em dezembro houve uma mudança de humor no que diz respeito ao MCMV. Até junho de 2018, as empresas que operavam com o MCMV e o PAC registravam aumento na confiança. Mas em dezembro houve queda expressiva, enquanto a confiança das empresas do PAC e a das empresas fora dos programas melhorou.

Além da restrição fiscal que afeta o programa habitacional, a indefinição sobre o que vai acontecer com o FGTS também eleva as incertezas das construtoras. Isso porque os recursos do fundo podem servir à reforma da Previdência.  

Além das incertezas do governo, o desemprego afeta o setor, pois ainda não expectativa de aumento na intenção de contratação de empregados nos próximos três meses.

O deputado federal Zeca Dirceu afirma que tem sentido o cenário desanimador nas ruas. “Por onde passo, eu tenho conversado com as pessoas, e o que elas me dizem é que perderam totalmente a esperança de ter realizado o sonho da casa própria, depois das inúmeras decisões do governo Temer, agora mantidas e pioradas com Bolsonaro e Paulo Guedes”.

Para o parlamentar, a agenda do governo precisa ser voltada para políticas transformadoras da realidade do país. “Infelizmente, a cada semana os fatos vão comprovando que o Brasil, hoje, se move muito mais por polêmicas e fica paralisado em relação à saúde do presidente, ou com as incoerências internas do governo, ou se perde, ainda, com investigações sobre escândalos da família Bolsonaro. Enquanto isso, temas importantes, que mexem com a vida da população como o MCMV, vão caindo no esquecimento. Meu papel como deputado federal será de lembrar, cobrar e articular, e mobilizar para que o governo tenha, de fato, ações que impactem a vida das pessoas positivamente. Menos conversa, menos bravatas, menos agressões e mais ação. É isso que o Brasil necessita por parte do governo federal, investimentos na saúde, na educação, a retomada do Minha Casa Minha Vida e decisões políticas que gerem emprego e renda”, finalizou.

 

Ascom com informações do Valor

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